O ortodontista realiza o tratamento movendo os dentes através da utilização de dispositivos ortodônticos especializados chamados braquetes, o que permite a aplicação de pressão constante ao longo do tempo para mover os dentes para as suas posições ideais. Com os aparelhos convencionais, há três componentes principais que são usados para tornar isto possível. O braquete, que é colado ao dente; o arco, que corre através de cada braquete e aplica uma força de correção para os dentes, e uma “ligadura” (tipicamente feita de metal ou material elástico), que liga o arco ao braquete. Os braquetes autoligados eliminam a necessidade de ligaduras, e em vez disso contam com um dispositivo móvel instalado de forma permanente para prender o fio.
Os aparelhos autoligáveis não são exatamente uma novidade, os primeiros protótipos foram desenvolvidos na década de 1930, porém não chegaram ao mercado. O sistema Speed, introduzido em 1980, foi o primeiro sistema comercialmente bem sucedidos e amplamente utilizado nos Estados Unidos. Após a introdução do sistema Speed outras companhias desenvolveram suas versões autoligáveis.
Hoje em dia os aparelhos autoligáveis podem ser metálicos ou estéticos (porcelana) e se dividem por categoria: os ativos, os passivos e os interativos. Cada tipo possui suas características, vantagens e desvantagens e cabe a cada profissional especialista escolher qual deles se encaixa melhor as suas necessidades terapêuticas. Desta forma não existe um sistema perfeito e melhor que os demais. Os principais (existem outros) sistemas disponíveis no mercado hoje são:
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- Empower, Empower ClearMolar da American Orthodontics (USA)
- SPEED System (USA)
- Damon System da Ormco (USA)
- Clarity SL da 3M (USA)
- Carriere LX da Ortho Organizers (USA)
- In-Ovation R, In-Ovation C, and In-Ovation L da GAC Dentsply (JAPÃO)
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Quais são as diferenças dos sistemas autoligáveis?
Uma das diferenças mais significativas em relação aos aparelhos ortodônticos convencionais é a ausência de ligadura elástica. A ausência de ligaduras promove uma diminuição do atrito do fio durante algumas etapas do tratamento. Como o atrito é menor os dentes se movimentam com mais liberdade, este fato, associado a uma menor força aplicada, gera menos desconforto aos pacientes e uma maior eficiência de movimentação. A ausência de ligaduras faz com que haja menor acúmulo de resíduos alimentares fazendo com que o sistema seja um pouco mais fácil de limpar.
Além disso, os sistemas autoligáveis permitem aos ortodontistas a possibilidade de ver os pacientes em intervalos maiores dependendo da fase do tratamento. Isto pode ser interessante para muitos pacientes que tem dificuldade de deslocamento ou são muito ocupados para se deslocarem ao consultório frequentemente.
É importante ressaltar que apesar dos aparelhos autoligáveis serem uma evolução dos aparelhos tradicionais eles não são mágicos como muitos profissionais advogam. Eles podem ser mais higiênicos, bonitos e eficientes (em algumas fases do tratamento), porém o planejamento e o resultado final são iguais aos dos aparelhos convencionais.
Fonte: Seu tratamento ortodôntico