Manter as mãos e rosto limpos é medida eficaz na prevenção de contaminação por vírus e bactérias, mas redobrar os cuidados com a higiene bucal é tão fundamental quanto, uma vez que descuidos com a boca podem aumentar as chances de diversas doenças. O manuseio de instrumentos diários na higiene da boca, como escova e fio dental, deve ser feito sempre com as mãos limpas, seguindo os protocolos recomendados pela OMS. Além disso, adotar práticas recomendadas por especialistas para a manutenção da saúde bucal contribui para evitar problemas odontológicos graves – vale lembrar que a saúde bucal está associada ao perfeito funcionamento de outros sistemas do corpo. Edmilson Pelarigo, da OrthoDontic, separou dicas para manter a higiene bucal em dia.
Higienização
Além de escovarmos os dentes após as principais refeições do dia, precisamos nos atentar a alguns cuidados para que a higienização seja realizada de forma correta. O primeiro é evitar aplicar força na escovação, que deve ser feita de forma suave e com escova de cerdas macias para não machucar as gengivas.
Além disso, não dá para esquecer da língua e da parte interna das bochechas, pois elas retêm bactérias e devem ser igualmente higienizadas. Por último, mas não menos importante, vem a utilização do fio dental, que garante a limpeza de áreas que a escova dental não alcança. Quem usa aparelho dental deve contar com o auxílio de facilitadores, como o passador de fio e a escova ortodôntica.
Bochecho
Bochechar antes de escovar os dentes é um bom hábito, pois ajuda a retirar os resíduos de alimentos, evitando que eles sejam transferidos para a escova.
Troca da escova
Troque a escova de dente a cada três meses ou quando notar que as cerdas estão desgastadas ou deformadas, ou seja, nesse estado, elas já perderam sua eficácia.
Creme dental
A escolha do produto também é muito importante. Ele deve conter flúor e ser, de preferência, de baixa abrasividade para evitar desgaste do esmalte dental.
O enxaguante bucal deve ser usado, conforme orientação do dentista, que também deve ser consultado caso você queira utilizar aparelhos como escovas elétricas ou pastas clareadoras.
Visitas ao consultório
Ainda que tudo esteja aparentemente bem, é recomendável que uma visita ao dentista seja feita, no mínimo, a cada seis meses, pois problemas pequenos podem crescer, tornando-se perigosos – e caros – para o paciente. Mas lembre-se: em tempos de distanciamento social, a consulta deve ser feita apenas em casos de urgência e emergência. Seis meses é também o tempo de intervalo recomendado para que se faça uma limpeza profissional com o dentista, evitando acúmulo de tártaro, gengivite e cáries.
Alimentação
Ela pode ser inimiga ou aliada da saúde bucal. Os alimentos chamados “detergentes” são capazes de ajudar a livrar os dentes de resíduos e gorduras, como a maçã, a cenoura, o kiwi, a acelga e o pepino, entre outros. Por outro lado, os açúcares e carboidratos presentes e refrigerantes e chocolates, por exemplo, aumentam a acidez na boca, proporcionando um ambiente ideal para a proliferação de bactérias causadoras das cáries.
Mudança de hábitos
Alguns hábitos comuns podem ser extremamente nocivos para a saúde bucal, como roer unhas e rasgar embalagens com os dentes, desgastando o esmalte ou mesmo provocando fissuras. O cigarro é também um dos maiores inimigos do sorriso perfeito, deixando os dentes amarelados, causando mal hálito e problemas gengivais.
Já o bruxismo, que consiste no ranger constante de dentes, não é bem um hábito, mas deve ser observado e tratado junto ao dentista. À longo prazo, além de dores de cabeça e outros incômodos, pode provocar desgastes severos ou até quebrar os dentes.
Tratamentos caseiros
Clareamentos feitos sem o acompanhamento do dentista, com auxílio receitas caseiras ou produtos comprados em mercados e farmácias podem causar a corrosão do esmalte e manchar os dentes. Quem deseja melhorar a aparência do sorriso deve procurar um especialista de confiança, que realizará o procedimento mais indicado para cada caso.
Fonte: Revista AnaMaria